quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Vodun Dangbé



VODUN DANGBÉ

O Dangbé é a serpente sagrada que representa o espírito de Vodum Dan. Na África esse Vodum é conhecido como DA. Dada – Termo pelo qual o Vodum Dan é louvado. A coroa de Dan é chamada de Coroa de Dada. Dangbê – É a píton sagrada, cultuada sobretudo em Uidá, no Benin, onde seu convento principal fica em frente a catedral católica romana.
Não pode se confundir com Dan. Enquanto Dan é associado às serpentes em geral, Dangbê é representado pela inofensiva píton real. A píton é, aliás, considerada como morada do próprio vodun. Enquanto Dan possui aspectos masculinos e femininos em separado, Dangbê é simultaneamente macho e fêmea. Mas da mesma forma que Dan, também Dangbê é associado ao arco-íris. Dizem que o culto de Dangbê é originário da província Hwedá, no litoral ao sul de Uidá, e que ele saiu diretamente do próprio mar, sendo considerado filho de Hu, o oceano imutável e misterioso que a tudo circunda. Dangbê rege a imortalidade, a duração das coisas, a preservação da vida, e seus iniciados, os dangbesì falam em dialeto hwedá durante o período de reclusão no hunkpame. Uma tradição conta que foi Dangbê quem “abriu os olhos dos homens”, mas se desconfia que essa afirmação pode ter nascido com a introdução da tradição bíblica, que trata do papel da serpente no Jardim do Éden. O centro de seu culto era Savi, onde era cultuado como o tóhwyó (ancestral mítico divinizado) da família real hwedá reinante, sendo também, portanto, um henu-vodun. Quando o Reino do Daomé conquistou o reino hwedá em 1727, o culto de Dangbê foi transferido de Savi para Uidá. Os fon classificam quatro sub-espécies de píton, cada uma cultuada em um hunkpame diferente de Uidá. * Na Diáspora, tanto no Vodu do Haiti, como no Candomblé Jêje, Dan e Dangbê parecem haver se fundido em uma única entidade.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ayrá Nao é Xangô !

Normalmente confundido com Xangô, no Brasil, na verdade é uma divindade à parte, que não pertence à família de Xangô. Airá é uma divindade da região de Savé muito embora não existam registros de iniciação para ele nessas terras, seu culto está restrito ao seu templo em Savé, Nigéria. No Brasil, sacerdotes desinformados e sem discernimento criam inúmeras lendas a seu respeito, até dizem que ele seria irmão gêmeo de Xangô, o que é verdadeiramente um absurdo.

Segundo as casas de culto ao orixá, este orixá veste-se de branco e tem profundas ligações com Oxalá. Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são temperadas com dendê, nem com sal e sim com banha de ori africana. Comeria quiabos, assim como Xangô e Iroko.

Airá era um Orixá no fundamento de Xangô, Airá era considerado um de seus servos de confiança e segundo uma de suas lendas, Airá, tentou instaurar um atrito entre Oxalá e Xangô, graças a isso Airá deve ser tratado de forma diferente de Xangô e seu assentamento deve ficar na casa de Oxalá. Por essa rivalidade com Xangô, não se deve coloca-los juntos jamais na mesma casa nem podendo Airá ser posto em cima do pilão de duas bocas, pois provoca a ira de Xangô. Sua cor é o branco e seus ornamentos são prateados
Airá é um Orixá relacionado a família do raio mas pode ser relacionado ao vento, seu nome pode ser traduzido como redemoinho, redemoinho é o fenômeno que mais se assemelha a um furacão em território Africano. Airá então pode ser louvado como a divindade que rege o encontro dos ventos. Em território africano, não existe registro ou relatos de pessoas regidas ou iniciadas para ele, onde ele é cultuado, o culto predominante é o de Nanã e de Obaluaiê, já que Savé é uma região que fica em território Jeje. Pouco se sabe sobre o nascimento ou surgimento de Airá e por esta razão muitos atribuem sua filiação à Iemanjá e a Oraniã, assim como Xangô e Aganjú.

No Brasil, Airá é visto, erroneamente, como uma qualidade de Xangô. Airá seria uma face mais amena e pacífica de Xangô. Hoje, com a falta de conhecimento, muitos zeladores preferem iniciar uma pessoas de Airá do que de Xangô, na realidade está cada vez mais difícil encontrarmos filhos de Xangô, em sua grande maioria, os filhos de Xangô estão sendo iniciados em outros Orixás.

Ao contrário de Xangô, Airá não é um Orixá rei nem possui o carácter, punitivo como Xangô. Este fato, pode ser evidenciado em uma de suas cantigas que diz: "A chuva de Airá apenas limpa e faz barulho como um tambor".
Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.


Airá zela pela paz e pela justiça de forma incondicional, ao contrário de Oxalá que representa a paz, Airá estabelece a paz e possui uma ação mais imediata em suas funções, Airá pode ser qualificado como um sentinela de Oxalá, ou melhor, de Oxalufã é seria ele quem estabelece sua vontade.

Sou filho de ayrá, audaz.
sou guerreiro.
eu sou primeiro,amigo leal.
por ser impulsivo,de nada me esquivo.
a minha energia derrete o metal.
sou filho do fogo, que arde em batalha.
que inflama meu peito,me faz guardião.
sou filho de ayrá, mas toda essa flama
aquece e derrama no meu coraçaõ.
meu impeto é puro, condeno e abjuro.
apenas preciso conter meu juizo
conter a energia, dosar a efusaõ.
o arrebatamento do filho do fogo
tranforma-se em arte se houver concisão.
sou filho do fogo,
não sou demagogo.
a minha franqueza é clara e veraz.
as vezes magôo, por ser agressivo.
mas sou compassivo e gosto de PAZ....

Alguns Voduns da nação jeje


alguns voduns da nação de djedje
VODUN KPÓSÚ - POSSÚ



Este Deus, pode até ser cultuado em outras nações, vai da fé e do coração de cada um! mas!!! só pode ser feito na nação Jêje por ser um vodun, seu nome significa Homem Pantera, é um vodun muito sério e complicado de ser cultuado, porém lindo, tem ligações tanto com a terra e com a família Dan e Sakpatá, como com o fogo e o ar e a família de Hevioso, tambem tem ligação com o vodun Loko e Vodun Azanadô, Possú é o vodun patriarca do Axé Pó Zerren "Kpó Zehen" pois o ex escravo que fundou o primeiro axé foi batizado pelos portugueses com o nome de Manoel Ventura que era iniciado deste vodun. Possú aprecia a cor negra, gosta de usar o Laguidibá e o Brajá como colares, carrega em suas mãos a serpente negra, que é a mais venenosa de todas as Dans, suas cores são o preto rajado de branco ou ainda o terracota rajado de verde e amarelo ou preto, usa garras e máscara lembrando uma pantera que é seu animal... Ahoboboi Kpò! Arrungelô Possú!!!


VODUN LOKO


Trata-se de um vodun muito importante na nação Jêje, é muito sério, repepresenta tambem o orixá Irôko dos Ketús e o nkise Ktenbo dos Angola, sua árvore é de tão grande importancia quanto a árvore do vodun Azanadô, Loko tem forte ligação com Azansú, Agué, Besén, Possú e Sogbô, tambem ligação com todos os orixás funfun e com os ancestres, Loko é o verdadeiro dono do Rungebe, suas missangas são de cor laranja rajado de preto, abóbora rajado de preto, em alguns axés são o verde musgo rajado de marrom ou ainda o branco com cinza grafite, usa o laguidbá e dois brajás cruzados no peito...


VODUN AZANADÔ


"A árvore sagrada da nação Jêje"...
Trata-se de um vodun muito importante para nós Jêjes, o dono do Gboitá, Obará de Jêje, só recebe frutas, doces e comidas secas, nada de ejé, até pelo fato dele não ser feito no Ori de ninguem, esse vodun tem grande ligação Azansú, Agué, Besén, Loko e Possú, alguns antigos dizem que ele é um Besén, dizem que é um Azansú, outros ja dizem que ele é um vodun único e destinto, em sua volta a seus pés mora Adangbé, a serpente sagrada que morde a própria calda representando o ciclo da vida, é feito um grande preparo para o plantio desta árvore dentro do Kwê, só poderá ser plantada por um vodun da família DAN como Besén, Frekwen, Yewá e etc... Em uma parte do ato da confecção do verdadeiro Rungebe tambem passa por Azanadô, este vodun Gosta de Brajás e laguidbás. Sua festa é realizada no dia 06 de Janeiro ou juntamente com o Olubajé, suas cores são o verde rajado de amarelo...


VODUN BESÉN


Adangbé, Dan Gbèsén ou Besén é um dos voduns patronos da nação Jêje, É o vodun da riqueza, representado pelo DRACKAR "Símbolo da nação Jêje que é 02 cobras dividindo uma lança. Ascende ao céu na forma de arco-íris, sendo chamado de Dan Ayidohwedo. Ele é um Ayi-vodun, ainda que possa ser associado aos Ji-vodun, semea as chuvas benfazejas, O culto de Dan é originário do província Mahi, no planalto ao noroeste de Abomey e de fato, pode ser considerado o Tô-vodun, divindade nacional dos Mahis. O vodun Dan corresponde a uma família completa, onde existem 41 aspectos masculinos e femininos da divindade. reza os itans que a coroa da nação pertencia de primeira a Azansu que passou a Besén o reinado soberano por votos de humildade e reclusão, mas ainda sim responde no Pantheon como tambem um dos Reis, Besén gosta de muitos brajás e laguidibás, suas cores são amarelo e preto, verde e amarelo, as vezes leva o vermelho, tambem ás 07 cores do Arco-íris, tem ligação com todos os voduns por ser o Rei da nação.


VODUN AZANSU


Este grande vodun é um dos mais importantes para nós Jêje, as histórias contam que ele teria sido o 1º Rei da Nação, mas renunciou ao poder e a “coroa” por votos de humildade entregando o reinado a seu irmão Besen, mas ainda sim ele é um dos Reis da nação, trata-se também de um vodun muito perigoso e exigente, os historiadores revelam que o primeiro terreiro da nação Jêje no Brasil tinha Azansu como patrono, fato comprovado por um registro na prefeitura de salvador de uma ferrovia construída sobre algumas residências e no qual relatava a demolição de terreiro de candomblé no qual tinha até o nome não identificado mas que possuía a palavra Azansu entre meios, não se tem maiores informações de quando e quem fundou ou a que cidadão(a) presidia o terreiro, nosso Rei gosta muito de laguibás e brajás, tem ligação com todos os demais voduns, suas cores são o branco e preto ou branco, preto e vermelho ou branco, preto e amarelo, suas derivações... Azönwani, Sakpatá, Parará, Lepon, Azönce, Intôto, Avimaje.


VODUN FREKWEN


Vodun feminino da família DAN, seria se não a parte feminina de Besén mais ligada as águas, gosta de receber suas oferendas nas nascentes de água nos altos de montanhas, seu encanto é a serpente albina de cor branca e amarela, os antigos dizem que ela é a própria serpente albina, trate-se de um vodun muito encantado, domina o arco-íris em torno do sol, tem forte ligação com Yewá e Azansú, suas cores são o amarelo rajado de verde e vermelho ou as sete cores do arco-íris em missangas transparentes, gosta muito de brajás


VODUN AYIZAN


Ayizan, cujo nome significa "A esteira da terra" é um vodun feminino dos mais importantes na cosmologia fon. A verdadeira mãe da terra e de todos os voduns, quando se faz a roda desse vodun, todos os voduns se manisfestam independente do tempo de iniciação, ou seja, é tão importante quanto a roda de Besén e Azansú, considerada a dona dos mercados e dos espaços públicos, onde as pessoas se encontram e interagem. Ela é a primeira divindade cultuada pelo primeiro ancestral. A ela também é atribuído o dom da palavra e da comunicação e desta forma está estritamente ligada à Legba, Sua representação é um montículo de terra colocado no meio das praças de mercado coberto de muitas rodilhas de dezan (palmas ainda verdes e desfiadas de dendezeiro), onde os comerciantes fazem oferendas. O culto de Ayizan é de origem hwedá e é forte sobretudo na região de Uidá, no Benim, tem ligação com todos os voduns por ser considerada a grande matriarca de tudo que é vivo e morto na terra.


VODUN AGUÉ


Vodun Agé ou Agüé como é mais conhecido, tem grande importância não só na nossa nação bem como nas outras, pois ele é o senhor de todas as folhagens e florestas, dono do Ewe Eje, pois sem as folhas não há axé, não ha nação, não há nada, carrega cabaças onde guarda suas porções de encantamentos e segredos de axé, o que o torna tambem um grande feitiçeiro, conheçido no Ketú como Ossain, e no Angola como Katendê, Vodun Agé tem forte ligação com Azansu, Loko e Azanadô, como todos os voduns gosta de Brajás e Laguidibás, suas cores são o verde rajado de branco, verde puro, verde, branco e vermelho ou verde e vermelho.


VODUN AZAKÁ


Azaka ou Zaká, é um vodun masculino, raro e antigo, guardião dos juramentos e segredos, pertence a familia de Sakpatá rei de Savalú. Considerado o Vodun da agricultura. Vive nas partes mais escuras das florestas de Savalú, aceita suas oferendas em grutas mais escondidas, pois gosta de silêncio, usa lança e cabaça, caçador de extrema habilidade e conhecimento das florestas de Savalú. Tem o título de Zuncotole (Guardião da floresta) preparou Azönwany para sucede-lo. Azaká na floresta era chamado pelos inimigos e admiradores de "Hùndevalú" título dado aos grandes ancestrais Caçadores-Guerreiros da antiga dinastia de Savalú. Suas cores são o azul claro, branco, preto e vermelho. Sua saudação é BISALO (bi-saló), cuja resposta é “Lo (ló)”. Suas ervas são as mesmas de Sakpata, Azaká também desempenha um grande papel na verdadeira iniciação de um Vodunsi Jêje pelo fato de todo o processo de iniciação ser consagrado a ele através de preceitos e juramentos de feitura, tem ligação com Intôto e a mãe das 09 Dans


vodun otolú (vodun da caça )


Otolu é um dos Voduns ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo “de fora”, a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça.

Otolu representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia. Enquanto cabe a Gu a transformação deste conhecimento em técnica. Apesar de ser possível fazer preces e oferendas a Otolu para os mais diversas facetas da vida, pelas características de expansão e fartura desse Vodun, os fiéis costumam solicitar o seu auxílio para solucionar problemas no trabalho e desemprego. Há uma grande semelhança com o Oxossi dos Yorubas.
















Averekete nasceu da união do vodun Sogbo com Naeté (em outros mitos com Naé Agbé), tornando-se então um elo entre os voduns do céu (jí-voduns) e os voduns do oceano (tó-voduns). Desempenha a função de mensageiro entre estes voduns. É visto como um vodun jovem, com idade semelhante a de um adolescente. Vive na beira do mar e tem como símbolos o machado simples, o anzol e o punhal. Suas cores são o azul, o vermelho e o branco. Na Casa das Minas é usado o termo tóquen ( tóqüen ) ou toqueno (toqüeno) para designar Averekete e outros voduns jovens tidos como adolescentes.
No Jeje Mahi, Averekete pertence a família dos Voduns Kavionos (ou Hevioso), visto como o filho mais jovem de Sogbo.















vodun nanã

Nanã Buruku ou Buku é considerada a mais antiga das divindades. Muito cultuada na África em regiões como: Daça Zumê, Abomey, Dumê, Cheti, Bodé, Lubá, Banté, Djabalá, Pesi e muitas outras regiões.

Para os fons e ewes, a palavra Nanã ou Nàná é empregada para se chamar de mãe as mulheres idosas e respeitáveis, ou seja, a palavra Nanã significa: "Respeitável Senhora".

Nanã está associada à terra, à água e à lama. Os pântanos e as águas lodosas são o seu domínio.

é a mais antiga das divindades, pois representa a memória ancestral. Mãe de Loko ou Irokô, Omolu e Oxumare ou Becém na dinastia Fon, Nanã está ligada ao mistério da vida e da morte. É a senhora da sabedoria, mais velha que o ferro. Daí, não usar lâminas em seu culto.

vodun heviosso


Heviosso O “Vodun do Céu“. Da família dos “ji-Vodun”, manifesta-se como raio e trovão. É o vodun da justiça, que castiga ladrões, mentirosos e malfeitores. Seus símbolos são o “Sô-Kpé” (pedra de raio) e sosssiovi (machado de um lamina). São considerados filhos de Heviosso os Voduns Segbô, Aklondé e Aulékété.Seu culto se originou no território de Hwedá, cidade de Hevié vem daí seu nome: Hevié-So (o trovão de Hevié). Com o tempo foi incorporando outras divindades do trovão, como Gibamé-So, do território de Mahi e Ajakata, de origem Yourubá, que foram identificados como “Filhos de Heviosso”.Os iniciados a Heviosso trazem no rosto marcas de queimaduras e tatuagens, feitas durante a iniciação com cinzas de certas substancias. Usam também uma gargantilha de algodão chamada de “hunkan” e um colar de contas vermelhas de doze fios.É uma divindade muito severa que pode até tornar violenta na defesa dos interesses da Justiça Divina. Os filhos desse Vodun recebem dele proteção espiritual, mas também pode ser por ele punidos, se cometerem algum erro. Na tradicional cultura Fon, se uma pessoa morre punida por Heviosso, não é enterrada imediatamente. O corpo é exposto em frente ao templo e todos lhe oferecem presentes. Em cerimônia, o sacerdote toca o corpo com a mão direita varias vezes e a leva à boca, como se estivesse “comendo” ritualmente. Depois, recolhe os presentes para dentro do templo e joga sobre o corpo substâncias calmante. Terminado esse ritual, a família pode levar o corpo para o funeral, que costuma durar vários dias.Nafamília de Sogbô, Vodum feminino que é considerado a mãe de todos os Voduns “So”, encontra-se uma grande variedade de divindades que possuem ligações com outras famílias - a família dos Voduns do mar é uma delas.
Heviossô, Hebiosso, Xêvioso ou Xêbioso
Os seus símbolos são o raio, o carneiro cuspindo fogo, e a cor vermelha.
Seus emblemas são o Sô-kpé, a pedra de raio e o Sossiovi , machado de lâmina que se abre em arco e sai da boca de um carneiro.
A ideia é de representar o carneiro cuspindo fogo.
Ele é um Ji-vodun, ou vodun do céu, e manifesta-se na forma do trovão e do raio.
Na mitologia daomeana, Heviosso é o próprio deus do trovão.
Além disso é considerado um vodun de justiça qu[não permitido]a ladrões, mentirosos, criminosos, malfeitores,feiticeiros e pessoas que praticaram alguma injustiça.
Heviossô tem vários filhos, entre os quais Sogbo, Aklonbé e Avlékété.
É o segundo filho de Mawu e Lissa e gêmeo de Gu.
O culto de Heviossô é originário do território Hwedá, a mesma região de onde veio o culto de Dangbê.
Chefia a o panteão de Sogbo, nome oriundo de Sô, região onde é cultuado.
No Daomé, seu nome corresponde a todas as divindades do trovão.
A origem de seu nome vem de Sô, divindade do trovão e Hevie, um pequeno vilarejo ao sul do Daomé, aonde estão situados os principais altares para o culto dos deuses do trovão.
Com o tempo seu culto foi incorporando outras divindades do trovão locais, como Gbamé-Sô, do território Mahi ou Gbadé e Djakuta, de origem iorubá.
Além de outras, que foram identificadas como filhos de Heviossô.

Ritual

Os iniciados de Heviossô trazem na fronte uma marca feita durante a iniciação com escarificações e tatuagem feita com cinzas de certas substâncias e pelo uso de uma gargantilha feita de algodão torcido (hunkan).
Em algumas regiões, seus iniciados ainda usam um colar de contas vermelhas de doze fios (hunjevé).
Na cultura fon tradicional, quando morre uma pessoa punida por Heviossô (queimada em incêndio ou fulminada por um raio), seu cadáver não é enterrado imediatamente.
O corpo é exposto em um cavalete diante do hunkpame de Heviossô com dinheiro e presentes, e um sacerdote sai e "come" simbolicamente o cadáver, tocando-o repetidamente com a mão direita e levando-a à boca.
Depois recolhe o dinheiro e os presentes e asperge o cadáver com substâncias simbolicamente "calmantes".
Só então a família pode levar o cadáver para o funeral.
O processo pode demorar vários dias, ao longo dos quais a família pode acrescentar mais presentes para o templo.


vodun gú


Gu é a denominação fon do vodun senhor da guerra, da metalurgia, da cirurgia e das escarificações. Aparentemente, o culto de Gu foi introduzido no atual sul do Benin no final do século XVII por ferreiros e cirurgiões iorubás, e se tornou bastante popular, sendo cultuado nos templos e conventos de praticamente todos os demais voduns, além de ter os seus próprios. O emblema principal de Gu é o gubassá, que é uma adaga metálica adornada com desenhos místicos, utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fa, para abrir caminho para o mundo dos espíritos. O gubassá é também conhecido e utilizado no vodou haitiano. Em segundo plano fica o gudaglô, menor que o gubassá e que Gu utiliza para defender seus filhos dos inimigos. Na iconografia fon, o vodun Gu é representado portando estes dois sabres, o gubassá na mão direita e o gudaglô na mão esquerda. Tem semelhança com o orixá Ogum dos Iorubás

Gu - É o Vodum do ferro e da guerra,que dá ao homem a sua tecnologia.Ele não aceita a cumplicidade com o mal.Por conseguinte é capaz de destruir todos os culpados por atos infames e criminosos.Esta personalidade de Gu é expressa pelos Fons como “da Gu do”(Gu castiga,Gu mata).

A ferramenta divina em forma de espada. É a divindade do ferro, da guerra e das cirurgias. Representa uma das principais forças de auxilio ao homem - ele é a própria força. Não é o ferro em si, mas sua propriedade de cortar. Seu símbolo principal é o “Gubassá”, uma adaga metálica utilizada em diversos rituais para abrir caminho para o mundo dos Espíritos. Gu utiliza também o “GudaglÔ”, uma adaga menor, para defender seus filhos dos inimigos. Seu culto foi introduzido no Benin no final do século XVII.

vodun-jó-aveji-da


Ligadas as tempestades, raios, furacões, redemoinhos, ciclones, tufões, maremotos, erupções vulcânicas, aos ancestrais e a guerra, todas as Voduns guerreiras são conhecidas como Aveji da. Até mesmo Oya dos yorubanos, é assim denominada em território daometano.

Erroneamente, no Brasil, algumas pessoas feita de Oya se intitulam filhas de Vodum Jò. Digo erroneamente porque Oya é um Orixá yorubano e Vodum Jò é um ToVodum do panteão de Aveji-da, assim como Jò Massahundo também.

Aveji-da é o Deus/Deusa das tempestades e dos ventos.

Podemos encontrar as Aveji-da tanto na família Dambirà quanto na família Heviosso.

As Aveji-da, da família Dambirà estão ligadas diretamente ao cultos dos akututos, sendo que cada uma tem sua função. Algumas reinam na fronteira do djenukom com o aikungúmã, outras nos ekúchomê, outras no hou, ôtan e tódôum., outras em humahuan, outras junto com Naê Nana, outras junto aos kpame e “possuídos” - essas, “talvez”, sejam as que mais trabalham (opinião minha) - outras se encarregam, junto com Exu, de levar os ebós e pedidos feitos pelo povo encarnado e desencarnados, a quem de direito e tentam trazer as soluções para cada um - normalmente conseguem. Enfim, é uma infinidade de atribuições que essas Voduns têm, todas sempre em prol daqueles que pedem e precisam do auxílio delas, sejam encarnados ou desencarnados.


Todas essas Voduns, são temidas e respeitadas por akututòs. Elas têm todos os poderes sobre o reino dos mortos e junto com Sakpata e Nae Nana, controlam a vida e a morte.

vodun aziri


Aziri é um vodun das águas doces e salgadas, normalmente confudido com o Orixá Oxum, porém é um vodun e não um Orixá e possui características diferentes.

Aziri é um vodun feminino do panteão das águas, é a grande Mãe do culto Djedjí Mahi (jeje marri), também conhecido como Aziri Tobosi.

Em dezembro geralmente são feitas obrigações a este vodun principalmente no Hunkpame Huntoloji da saudosa Gayaku Luiza de Oya, onde hoje a roça é dirigida pela Doné Regina de Avimonjé. Aziri Tobosi pertence a família dos Tô-vodun (vodun das águas), que é encabeçada pelo Vodun Naeté a dona do Hu (oceanos ou mares).
VODUN LEGBA


É o nome fon do orixá iorubá Exu. Entre os fon e os euê, Legba possui um aspecto eminentemente fálico, e seus iniciados, os Legbasi, transportam os sacra de Legba (assentamento), composto de uma complexa parafernália onde predominam cabaças e pequenas esculturas fálicas, para onde quer que forem e vestem uma saieta de ráfia tingida de roxo. Carregam ainda um falo esculpido madeira (ogo), que nas festas públicas gostam de esfregar no nariz dos turistas. Legba pode ser encontrado em todos os templos, pois é ele quem abre o caminho para os demais voduns poderem atuar.
O Legba guardião dos templos, das aldeias e casas particulares, montado na forma de um montículo de barro de onde sai um enorme falo ereto, é eminentemente uma entidade coletiva (Agbo-Legba), mas se conhece ainda um Legba feminino (Assi-Legba ou Legbayonu) que é montado e cultuado para proteger as mulheres e das crianças da comunidade, ainda que a mulher de Legba, segundo os fon seja Awovi (cujo nome significa "filha do engano" e representa os acidentes), que é representada por uma estatueta de barro de aspecto feminino, sem cabeça e com os olhos no lugar dos seios e boca na altura da vagina, normalmente maior do que a representação de Legba. Minona (representação divinizada dos poder mágico atribuído às mulheres) e Ayizan também são consideradas ora esposas, ora mães de Legba.












Herói mítico fundador da linhagem dos kpòvĭ (filhos do leopardo). Teria sido gerado pela princesa Alìgbonon, filha do rei da cidade Adjá de Tadô ou Sadô, às margens do Rio Mono, no atual Togo, depois de um encontro com um leopardo. Seu nome significa "bastardo". Malgrado esse apelido aparentemente injurioso, seus descendentes fundaram os reinos de Aladá, Porto Novo e Abomei no atual Benin, constituindo-se nas bases institucionais fundamentais dos fon.

Agassu é cultuado como vodun nas três cidades governadas por seus descendentes, mas seu culto mais importante esta é Abomei onde seu sumo-sacerdote, o Agassunon, possui o papel de chefe de cultos dentro na cidade. Seu emblema é o leopardo, cuja pele faz parte das insígnias tanto de rei como do Agassunon, e seus iniciados são chamados de Hogbonutó (nativos de Hogbonu [Porto Novo]) pois atribui-se a esta cidade o local do aparecimento culto de Agassu como vodun. Ele é, ao mesmo tempo um atinmé-vodun e um hunvé, ou seja, um vodun "vermelho".

VODUM LISSÁ

Vodum Lissá,também chamado de vodum olissasá,oulissá segbo-lissa ou até de agbé-lissa-mawu é um vodum que veste a cor branco (por isso é chamado de vodum funfun)e esse precioso vodum alimenta-se sempre de animais Feminos por sua Forte ligação com a Yá Mín ássòróngà (mãe dos passáros da noite) e babá egungun (Pai ancestral) esses dois grandes mantos representas a ancestralidade no culto aos voduns, lembrando-se de que vodum olissasá não é o orixa oxalá da nação alaketu porem é muito comparado com o mesmo,esse vodum chamado olissasá não aceita em ipotese alguma atim preto,epô apupa e limão. Tem como prato liturgico predileto o ebô (milho branco cozido temperado com azeite e mel),ilés funfuns (pombos brancos) e bodys funfuns Feminino(cabras bracas) o ibin que é seu animal predileto que nunca pode faltar em suas oferendas de obrigações e em seus orôs e as frutas doces e claro,Gostando também de todos os objetos de cor clara e tendo a cor branca como preferencia. Esse vodum tem fortes lingações com o Vodum Heviosso Badé Zoro (ou Vodum Badé como é mais conhecido). Possui ligação extrema com a vida(agbé) e ligação com morte(ikú) também. Dizem que olissasá veste o branco prá esconder o preto,por causa desse fato dele ser a vida,a pureza e a bondade sempre mais que pelo simples fato dele ter ligação com a morte (ikú)ele se torna um Vodum com ambiguidade nas forças por reger o lado agbé e o lado ikú ao mesmo tempo. Esse vodum exige de todos os seus filhos iniciados que fique em reclusão (resguardo) usando branco totalmente por um período de um ano após seus vinte e oitos dias de reclusão prá iniciação ao culto e mesmo depois desse tempo concluido as pessoas nunca podem deixar de usar o branca as sextas feiras que é o dia votivo desse vodum.
Na mitologia grega, Lissa era o daimon que personificava a ira frenética, a fúria (sobretudo na guerra) e a loucura produzida pela raiva. Fisicamente, os filhos de Vodum olissasá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e postura dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre os seus ombros, mesmo tratando-se de alguém muito jovem.


Aziza é um vodún anão das florestas da África Ocidental, que confere grande força e poder com a capacidade de curar os homens através de seu excepcional conhecimento das ervas.)
Vodun Aziza é representado por São Benedito
Dia consagrado: quinta-feira
Comida: Weli sivo amanjé - bata doce cozida, amassada e temperada no dendê, com lascas de coco.
Cores: Verde, vermelho e amarelo que simbolizam a esperança e o vigor e atraem conquistas e prosperidade.
Características do Orixá: Aziza é criativo e prudente. Foi quem ensinou Legba, o segredo das ervas. Usa o ponuhan (2 lanças tipo arpão).
Aziza é o Atinsa beto (homem árvore).
Seu número é o 7 (criatividade).
Sua evocação: "Man Iezum!" (Boas folhas, estou aqui!).